so·li·da·ri·e·da·de sf: 1) Qualidade, característica, condição ou estado de solidário; 2) Sentimento de amor ou compaixão pelos necessitados ou injustiçados, que impele o indivíduo a prestar-lhes ajuda moral ou material; 3) Ligação recíproca entre duas ou mais coisas ou pessoas, que são dependentes entre si; 4) Responsabilidade recíproca entre os membros de uma comunidade, de uma classe ou de uma instituição; 5) Apoio em favor de uma causa ou de um movimento; 6) Compartilhamento de ideias, de doutrinas ou de sentimentos; 7) Reciprocidade de interesses e obrigações.
O conceito de Inteligência Social é extremamente abrangente, porém na sua essência, é relativamente simples: fazer o que seja bom para o coletivo. É entender que quando praticamos a solidariedade, quando agimos em prol do bem comum, estamos beneficiando a nós mesmos, pois afinal, nós também fazemos parte desse grande sistema. A nossa saúde e a saúde do meio em que vivemos estão intrinsicamente interligadas e dependem um do outro para existir e isso significa que a nossa sobrevivência depende da nossa habilidade de ceder no mesmo nível em que retiramos, em todos os âmbitos da nossa existência.
Mas o que devemos fazer para sermos solidários e como aplicar esse conceito na realidade atual? A solidariedade é uma qualidade inerentemente ao ser humano, pois a nossa sobrevivência depende dela. Entretanto, como qualquer característica ela precisa ser trabalhada todos os dias, a começar na nossa educação: a base de toda educação deve ser o desenvolvimento humano em 1o lugar, mas integrado ao meio ambiente e a seu entorno (política, economia, cultura, tudo que constitui a sociedade). É como uma grande engrenagem em que se todas as peças funcionarem bem, tudo fica melhor. Quando um dente quebra pode parar toda a engrenagem. Empatia e inteligência são indispensáveis para vivermos em um mundo sem carências e sim, com coerência.
Bons investimentos trazem bons retornos – e maus investimentos, obviamente, têm resultados negativos. Portanto, a sociedade precisa estar mais atenta sobre como investir seus recursos próprios e coletivos – ou seja, de maneira solidária e inteligente. Ocorre que a economia, nosso tecido social e o meio ambiente tem uma grande interface com a política já que quem administra nossos recursos coletivos (que apesar de serem coletivos continuam sendo nossos) é o governo do país. E o governo, como sabemos, é composto pelos representantes dos três poderes que irão influenciar a qualidade da nossa vida econômica. É fundamental que nossos recursos sejam investidos com inteligência para nos trazer bons resultados. Isso nos leva ao nosso próximo tópico.
No mundo contemporâneo, uma questão se faz urgente e está ganhando importância na forma de pensar e conduzir a economia, qual seja, a sustentabilidade da produção e consumo consciente, com o uso de insumos renováveis e não poluentes. Precisamos repensar o crescimento econômico com este olhar que se conecta com a inclusão dos miseráveis e esquecidos, sobretudo com a expansão do consumo sustentável, diminuindo o lixo e a toxicidade que maltratam o meio ambiente. É uma demanda que engloba o bem-estar maior e integrado das pessoas, a nível mundial e local. Para termos bons resultados econômicos é importantíssimo que toda sociedade seja eficiente na maneira como aloca, investe e destina seus recursos financeiros e talentos.
Não basta só crescer, temos que saber como crescer, colocando o bem-estar social e a promoção da Inteligência Social em primeiro lugar. O desafio é usar da melhor forma nossos recursos, que de fato são recursos finitos, em um sistema moderno que promova o consumo consciente, a
produção sustentável e o mais importante, que “nutra” as pessoas, diminuindo toda espécie de carências e grandes desigualdades sociais e degradação ambiental. Isso é aplicar Inteligência Social à economia. A economia pode e deve ser um canal para se gerar paz, saúde, fraternidade e solidariedade entre as pessoas.
A evolução da nossa espécie e o bem estar do nosso planeta depende de nós mesmos. E não precisamos de muito, apenas de uns aos outros. Vamos juntos?